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Boas,

Aqui vos deixo como combater as doenças dos nossos peixes,

 

Doenças de Água Doce

Contributo de Elaine Thompson

Tradução de Gonçalo Nunes

Direitos de Autor

As FAQ existem graças à contribuição dos participantes na Net e, como tal, pertencem aos leitores dos newsgroups de aquariofilia. Os artigos com menção estão sujeitos aos direitos dos respectivos autores. Cópias das FAQs podem ser feitas livremente desde que distribuidas gratuitamente e incluídos os autores e a reserva de direitos.

 

Causas

P: Porque é que os meus peixes estão doentes e como é que posso evitar mais doenças ?

R: Provavelmente 80-90% das doenças em peixes mantidos em cativeiro podem ser prevenidas evitando situações de stress. O stress enfraquece o sistema imunitário dos peixes, levando a um aumento da susceptibilidade à doença. Na realidade, as doenças e agentes patogénicos estão quase sempre presentes nos aquários, mas o sistema imunitário de um peixe saudável irá evitar que estes se tornem um problema. Alguns dos factores de stress mais comuns para peixes em cativeiro são:

Fraca qualidade de água: amónia e nitritos presentes, ou nitratos muito altos.

A temperatura da água variar mais de 16 C por dia

Incompatibilidade de espécies no aquário

Peixes a mais no aquário (5 escalares adultos num aquário de 4o litros)

O aquário ser pequeno demais para o peixe (um peixe de 30 cm num aquário de 40 litros)

A água ser quente ou fria demais para a espécie (peixe-vermelho vs. Peixes tropicais)

pH errado para a espécie (Discus vs. Ciclídeos Africanos)

Flutuações de pH superiores a 0.2 unidades por dia

Protecções ou abrigos insuficientes

Dureza errada da água para a espécie (Discus vs. Ciclídeos Africanos)

Oxigénio insuficiente na água

Nutrição insuficiente do peixe (comida errada, comida não variada).

Manter o aquário livre de doenças

P: Preciso de um aquário de quarentena para os peixes recém adquiridos?

R: Efectuar a quarentena a peixes recentemente adquiridos é um bom hábito para qualquer aquário, mas não é absolutamente necessário para obter sucesso. A quarentena trata apenas de manter os peixes isolados num outro aquário pelo período de tempo necessário até se ter a certeza que não são portadores de qualquer doença. Muitos principiantes sem aquário de quarentena não têm quaisquer problemas, e argumentam em desfavor de adicionalmente montar um aquário com esse fim com base no preço. Um tanque de quarentena custa de facto mais, mas se o aquariófilo já tem milhares de escudos investidos em peixes, é mais barato possuir um aquário de quarentena separadamente do que substituir os peixes mortos por uma doença recentemente introduzida. Além disso, muitos de nós ficamos ligados aos peixes e não queremos pôr os nossos animais de estimação expostos a doenças trazidas por peixes novos, independentemente do custo.

O propósito de efectuar quarentenas é o de evitar a introdução de novas doenças a um sistema estável, e ser capaz de observar melhor os novos peixes para eventuais sinais de doença. Um aquário de quarentena pode também desdobrar-se em aquário hospital para peixes doentes. Estes aquários hospital são bons pois baixam o custo do uso de medicamentos e mantêm os peixes doentes separados dos saudáveis. A quarentena é provavelmente mais importante para aquários de água salgada e de recife de coral por causa da dificuldade do tratamento das doenças, ou nos peixes de água doce apanhados no meio natural porque estes provavelmente não estão isentos de doenças. A quarentena pode ela própria colocar os peixes em stress, por isso deve-se verificar se esta é correcta para evitar factores que levem ao stress.

 

Montar um aquário de quarentena ou hospital:

 

Manter um filtro extra - de esponja é o ideal - ou de lã de vidro num aquário já estabelecido, de maneira a que não se tenha de estar permanentemente a começar a filtragem biológica do aquário de quarentena de início. Algumas pessoas usam em alternativa para manter o filtro biológico activo guppies ou zebras (para aquários de quarentena de água doce) e mollies (para aquários de quarentena de água salgada)

Se não se mantiver o aquário montado, deve-se usar água envelhecida para enchê-lo. Assim: água envelhecida + filtro estabelecido = aquário instantaneamente estabelecido.

Adicionar uma bomba de ar e termóstato extra. Se não se andou a mexer no termóstato durante o seu armazenamento, este deve vir programado como da última vez que o guardámos. *Deve considerar-se o uso de Amquel ou equivalente quando se administrar medicamentos ao aquário no caso de as bactérias do filtro biológico serem sensíveis a estes. Os peixes doentes são especialmente susceptíveis à presença de amónia. (É de notar que a amónia que se ligou ao Amquel ainda é visível num teste de amónia da Nessler. Por isso, se se quiser efectuar testes de amónia a esse aquário, é necessário usar um teste de salicilato para amónia)

Num aquário hospital, deve-se efectuar mudanças de água frequentes (inclusive todos os dias).

Se possível, efectuar a quarentena a todos os peixes recém adquiridos por um período de cerca de 3 semanas. Durante esse tempo, aclimatar gradualmente os peixes aos parâmetros do aquário a que se destinam: dureza, pH, salinidade, temperatura, etc. Observar e tratar quaisquer sinais de doença.

Não se deve medicamentar peixes em quarentena tendo como argumento "é só para prevenir". Tratar apenas doenças evidentes e perfeitamente identificadas. Tratar os peixes de quarentena com um conjunto de medicamentos terá apenas como fim peixes enfraquecidos e bactérias resistentes a antibióticos.

 

Uma vez terminada a quarentena, se se tratou de alguma doença particularmente séria, é bom desinfectar o aquário e restabelecer o filtro biológico. Lixívia ou água bastante salgada (para água doce) funcionam bem. No entanto deve-se certificar se todos os traços de lixívia são eliminados (bem lavados). Outro bom desinfectante é o permanganato de potássio (uma forma comercial de o obter é o Jungle�s Clear Water).

 

Se não se decidir pela quarentena, não se deve adicionar água armazenada ao aquário que tem os peixes recém adquiridos (ver a FAQ Iniciação à Água Doce para ideias sobre a aclimatação).

 

P: E porque não fazer uma quarentena às plantas ?

R: As plantas também podem transportar doenças para um aquário. É boa ideia desinfectar as plantas novas se estas estiveram conjuntamente com peixes na loja. Para mais informações sobre métodos de desinfecção de plantas ver a FAQ Plantas.

P: Em primeiro lugar como é que evito introduzir doenças ?

R: Nunca comprar peixes doentes da loja. Especialmente não comprar peixes ou plantas dum aquário se *algum* dos peixes no aquário mostrar sinais de doença ou se existe um medicamento na água desse aquário (água colorida de amarelo, verde, ou azul). As pessoas da loja podem dizer que os peixes estão bem, mas se de facto estão, porque é que existem medicamentos no aquário? Também se deve perguntar há quanto tempo os peixes estão na loja. Peixes recém chegados podem trazer doenças que ainda não foram detectadas. Sendo melhor esperar umas duas semanas antes de comprar os peixes. Se no entanto se quer o peixe que acabou de chegar, deve-se ter especial atenção em efectuar correctamente a sua quarentena.

Diagnóstico/Doenças comuns ou: Como é que sei que o peixe está doente?

O mais importante: observar os nossos peixes e determinar qual a sua aparência e comportamento normais. Se não se souber o que é o estado normal, não se pode saber o que é o estado doente.

Maus sinais:

 

Barbatanas presas (as barbatanas estão dispostas anormalmente perto do corpo).

O peixe recusa a sua comida habitual por mais de 2 dias.

Existem pontos visíveis, lesões, ou manchas brancas no peixe.

O peixe vem respirar à superfície da água.

O peixe flutua, afunda-se, gira, ou nada de lado.

O peixe oscila (move-se de um lado para o outro sem progredir para a frente)

Um peixe normalmente activo encontra-se parado.

Um peixe normalmente parado encontra-se muito activo.

Um peixe incha de repente, e não é por ter ovos ou alevins.

O peixe esfrega-se contra as decorações do aquário.

Sugere-se a criação de um armário com medicamentos. Quase parece que os peixes ficam sempre doentes quando as lojas estão fechadas.

Testes da qualidade de água: pH, amónia, nitritos, nitratos

Sal de aquário (e NÃO sal de mesa. A maioria dos sais de mesa possuem aditivos para evitar a sua agregação. Kosher ou sal gema são bons)

Verde de Malaquite/formol remédio para os pontos brancos

Azul de Metileno

Lixívia para desinfecção

Talvez um antibiótico (Kaianamicina ou Furanace)

Comida com antibióticos

Remédio com cobre para tratamento de parasitas

E para peixes grandes demais para manusear:

Q-tips

Verde de Malaquite e mercurocromo

Doenças comuns/problemas ou: O que se passa de errado com os meus peixes?

Má qualidade de água

Os peixes estão a respirar à superfície, ou muito inactivos, mas não existem lesões quando tudo começou. As barbatanas parecem estar presas. Muitos peixes de diferentes espécies são afectadas, e possivelmente todo o aquário. Se a água se manteve em mau estado há algum tempo, os peixes podem apresentar putrefacção das barbatanas, ou manchas de sangue nas barbatanas.

Se os peixes estão a respirar à superfície, ou possuem brânquias roxas: amónia em concentrações elevadas ou pouco oxigénio podem ser a causa; testar a amónia e o oxigénio dissolvido.

Se o principal sintoma é a inactividade: testar os nitritos, pH, oxigénio dissolvido, nitratos

Dependendo dos resultados dos testes, efectuar o seguinte:

Amónia

Mudar a água o suficiente para reduzir os níveis de amónia para 1-2 ppm em água doce e abaixo de 1 ppm em água salgada. Se isso significar uma mudança de mais de 1/3 da água, ter a certeza que a água que se adiciona está à mesma temperatura, salinidade, dureza e pH que a da água do aquário. Pode também efectuar-se várias pequenas mudanças de água durante alguns dias. Deve-se aerificar, e certificar que o pH está igual ou abaixo de 7.0 nos aquários de água doce. Adicionalmente ou em vez de efectuar mudanças de água, pode-se adicionar Amquel para imediatamente aliviar o peixe. Descubra porque é que a amónia está presente e corrija o problema.

Nitritos

Mude a água o suficiente para trazer os nitritos abaixo de 2 ppm (tal como para a amónia se for muita água, encaixar os parâmetros ou realizar múltiplas mudanças), adicionar uma colher de sopa de sal para 4 litros de água (nem todos os peixes poderão tolerar esta quantidade - começar com uma colher de chá), e adicionalmente aumentar a aerificação. Descubra porque é que os nitritos estão presentes e corrija o problema.

Nitratos

Mudar a água e limpar o filtro. Se o filtro se encontra sujo, existem mais restos de matéria orgânica presente para ser transformada em nitratos. Começar por alimentar menos e mudar mais vezes a água.

Níveis baixos de oxigénio

Juntar mais uma pedra difusora. Se isto ajudar, o peixe provavelmente não tem oxigénio suficiente na água. O aquário pode precisar de ser limpo, ter menos peixes, ou maior movimento de água à superfície a partir de uma cabeça motorizada, uma pedra difusora, ou de um filtro.

PH impróprio

Se os valores de pH são muito baixos: certificar-se que o tamponamento com carbonatos é adequado, pelo menos 5 dKH. Em geral adicionar 1 colher de chá cheia para 120 litros, aumenta o dKH em 2 graus. Para um aquário de 40-80 litros que necessita do pH um bocadinho mais elevado, experimentar adicionar um quarto de colher de chá cheia. Se isso não for suficiente adicionar uma colher de chá cheia ou mais. Em aquários de grande capacidade pode-se ir até 1 colher de chá cheia para 120 litros. Se os valores de pH continuam baixos e o KH está pelo menos nos 5-6 graus de dKH, limpar o aquário. Para uma tamponização a longo prazo de sistemas de água salgada e água doce alcalina, adicionar areia de coral. Se o pH é muito elevado, pode-se adicionar ácido fosfórico para baixar o pH. Não usar e abusar deste ácido uma vez que pode promover o crescimento de algas, usá-lo só em casos extremos como o de envenenamento por amónia. Para baixar o pH a longo prazo, usar turfa no filtro, ou usar água destilada ou desionizada misturada com a água da torneira.

Icto: Doença dos Pontos Brancos

Sintomas: Os peixes parecem apresentar pequenos grãos de sal no corpo e podem esfregar-se de encontro a objectos no aquário.

A doença dos pontos brancos é causada por um protozoário (Ichthyopthirius multifiliis) com um ciclo de vida o qual inclui uma forma nadante livre. Este protozoário desenvolve-se no peixe à destaca-se deste e vai ligar-se ao areão ou ao vidro do aquário à reproduz-se dando origem a muitos parasitas à estes parasitas colam-se depois ao corpo de outros peixes. Se estes parasitas não encontram um hospedeiro, morrem passados cerca de 3 dias (dependendo da temperatura da água).

 

Assim, para a cura, o medicamento tem de ser administrado directamente no aquário de forma a matar estas formas livres de parasitas. Se os peixes são retirados para um aquário de quarentena os parasitas que se encontram no aquário principal escapam ao tratamento - a menos que todos os peixes sejam removidos por um período de cerca de uma semana em água doce e de 3 semanas em água salgada. Num aquário de recife de coral, em que os invertebrados são sensíveis a este tipo de tratamento, remover os peixes é a única opção. Pensa-se que estes protozoários se encontram na forma dormente na maioria dos aquários. Sendo activados quando ocorrem flutuações de temperatura.

 

Cura: Para a maioria dos peixes, usar um medicamento com formol e verde de Malaquite. Estes são ingredientes activos em muitos dos medicamentos à venda em lojas de aquários. Alguns desses produtos são o Rid Ich da Kordon e Quick cure da Aquarium Pro. No entanto basta ler o rótulo para descobrir uma série de outros produtos semelhantes de outros fabricantes. Verificar se existem flutuações de temperatura no aquário e corrigi-las para evitar que o mesmo suceda de novo. Notar que os tetras são ligeiramente sensíveis ao verde de Malaquite, por isso usar metade da dose deste produto.

 

Use estes produtos como indicado (regra geral uma dose diária) até que todos os pontos desapareçam dos peixes. Depois dosear de 3 em 3 dias até perfazer um total de mais 4 doses. Isto permitirá matar todas as formas livres de parasitas assim que eclodem dos cistos.

 

Outra forma de cura é aumentar a temperatura da água do aquário até cerca de 32 C e adicionar 1 colher de chá de sal para 4 litros de água. Nem todos os peixes suportam este tratamento.

 

Finalmente, pode ainda tratar-se esta doença através de um "método de transferência". Movem-se diariamente os peixes para um aquário diferente com água limpa, condicionada, e quente. Os parasitas destacam-se dos peixes ficando assim neste aquário. Após mudar os peixes diariamente durante uma semana, os peixes (presumivelmente curados) podem ser de novo introduzidos no aquário principal. A desvantagem deste método é causar stress não só aos peixes como ao próprio aquariófilo.

 

Apodrecimento das barbatanas

As barbatanas dos peixes ficam brancas e desaparecem. A putrefacção segue-se regra geral a uma ferida ou lesão. Pode também ser causada por má qualidade de água.

Cura: Primeiro, tratar a água e remover peixes que gostam de mordiscar as barbatanas de outros. Mudar parte da água (cerca de 25%) e adicionar uma colher de chá de sal para melhor sanar a ferida. Se o problema era má qualidade de água ou outro peixe no aquário, isto deve chegar. As feridas devem começar a sarar dentro de dois dias.

 

Se por outro lado piorar, verificar primeiro se isso é causado por fungos ou bactérias. A putrefacção por meio de fungos dá um aspecto de haver tufos de algodão nas barbatanas seguindo-se geralmente a uma lesão. É visto com frequência em ciclídeos Africanos ou peixe que se aleijaram de encontro a decorações do aquário. A putrefacção por meio de bactérias, dá também um aspecto branco às barbatanas mas sem o aspecto de algodão como nos fungos (à excepção da infecção provocada pela bactéria Columnaris), e pode ser contagiosa. Torna-se então necessário retirar os peixes do aquário e tratá-los.

 

Fungos: Para peixes de tamanho suficiente para serem manuseados, apanhá-los, e esfregar o peixe com uma cotonete, em que uma das pontas foi previamente embebida em verde de Malaquite, na zona em que os fungos se encontram presentes. Isto é extremamente eficaz. Poderá ser necessário repetir este tratamento mais vezes.

 

Para peixes mais pequenos, um fungicida comercial como o Maroxy pode resultar. Para infestações mais sérias, tentar um banho com Azul de Metileno (de forma a que mal se consiga ver o peixe) até os fungos se tornarem azuis ou durante 20 minutos. Se o azul de metileno for administrado directamente para o aquário, as plantas morrem e o filtro biológico é danificado.

 

Bactérias: Tratamento com antibióticos num aquário de quarentena. Isto é muito traumatizante para os peixes, e nem sempre dá resultado, por isso deve-se certificar bem o que se está a fazer antes de o tentar. Se o peixe está a comer a melhor aposta é usar antibióticos na comida. A Tetra fabrica um com bons resultados - comprar o que indica tratamento de infecções bacterianas e seguir o que está indicado no rótulo.

 

Se o peixe não está a comer, um tratamento por imersão torna-se necessário. Uma combinação de Kainamicina e Furanace geralmente dá bons resultados, especialmente para Columnaris. Mais uma vez, o tratamento deve ser num aquário separado e com forte aerificação.

 

Lesões

Ciclídeos e outros peixes agressivos podem apresentar lesões que são sérias o suficiente para sangrarem após uma luta. Outros peixes podem ir de encontro a decorações do aquário, aos vidros, ou pedras.

Os peixes maiores podem ser apanhados e as suas feridas esfregadas com mercurocromo (disponível nas farmácias) ou Betadine (antibiótico à base de iodo também disponível nas farmácias)de forma a evitar infecções. Deve-se certificar que estes químicos não entram em contacto com os olhos ou brânquias. Para peixes muito pequenos, colocá-los num aquário separado com Azul de Metileno (não muito forte - pálido) e 1 colher de chá de sal para 4 litros. Se se quiser manter os peixes no aquário adicionar apenas o sal, uma vez que o Azul de Metileno irá danificar o filtro biológico.

 

Observar os peixes de forma a certificar-se que as lesões estão a sarar bem, e repetir a dose com mercurocromo caso se justifique. Se posteriormente surgir a putrefacção das barbatanas ou uma infestação por fungos, ler a informação acima dada sobre putrefacção das barbatanas.

 

Hidropisia

O peixe incha como um balão e apresenta os olhos a saltarem da órbita. Pode recuperar sem tratamento ou morrer mesmo com tratamento. O inchaço deve-se ao facto do peixe estar a absorver mais água do que a eliminá-la, e isto pode ser causado por uma série de problemas. Nitratos elevados é uma das coisas a verificar. Infecções bacterianas internas, incluindo tuberculose íctica, são outras possibilidades. Se não existirem problemas com a qualidade de água, pode-se tentar um tratamento à base de antibióticos num outro aquário.

Erosão da linha lateral e cabeça (Doença dos buracos na cabeça)

Esta doença pode afectar Discus, outros ciclídeos, e muitos peixes de água salgada. O peixe desenvolve pequenos orifícios na sua cabeça e muitas vezes ao longo da linha lateral. As causas são incertas mas como qualquer doença, o stress e má qualidade de água exercem um papel importante. O Manual of Fish Health diz que esta doença pode ser provocada por deficiências nutricionais, especialmente em vitamina C. Peixes que estão em aquários plantados raramente apanham esta doença, o que suporta a ideia relativa a problemas nutricionais, uma vez que os peixes podem mordiscar as plantas e obter mais algum alimento complementar. Untergasser, observou a presença do protozoário Hexamita nestas lesões. Casos que não são tratados levam a um grave desfiguramento ou podem ser mesmo fatais.

Cura: Primeiro, certificar-se que a qualidade de água é óptima e reduzir o stress. Parar o filtro de carvão activado pode ajudar uma vez que este retira nutrientes da água. Depois fornecer uma alimentação rica em vitaminas, prestando particular atenção a um suplemento de vitamina C.

 

Para casos mais complicados, alguns livros sugerem metronidazola (Flagyl) para eliminar Hexamita (protozoário patogénico não muito forte) das lesões. A experiência do aquariófilo pode influenciar o sucesso deste tratamento. Metrozole e Hex-a-mit são produtos comerciais com metronidazola.

 

Desordens na Bexiga Natatória

O peixe nada de barriga para cima ou de lado. Isto é particularmente comum nos peixes vermelhos devido às formas bizarras dos seus corpos. Flocos consumidos rapidamente incham no intestino do peixe e impedem o peixe de controlar a bexiga gasosa convenientemente. Para ajudar os peixes, alimentá-los com alimentos previamente imersos ou gelatinosos. Vegetais são também bons, ervilhas em particular.

Tal como no apodrecimento das barbatanas, estas desordens podem ser causadas por infecção bacteriana. O tratamento é praticamente o mesmo. Usar antibióticos no alimento se o peixe está a comer, ou adicioná-los à água do tanque de quarentena se os peixes não estão a comer.

 

Parasitas externos grandes (em oposição ao protozoário causador do ictio)

Adicionar um medicamento à base de cobre ao aquário e controlá- lo através de um teste para cobre. O produto Maroxy da Mardel também funciona bem. Para sanguessugas ou copépodes em peixes de lago, removê-los com pinças e esfregar a zona com mercurocromo para evitar posterior infecção.

Veludo

Os peixes parecem ter sido polvilhados com pó dourado. As barbatanas podem estar presas e o peixe pode oscilar. Tratar com um medicamento anti-parasitas como o cobre ou formol e Verde de Malaquite.

 

Referências

The Manual of Fish Health

Dr. Chris Andrews, Adrian Exell and Dr. Neville Carrington.

New Jersey: Tetra Press, 1988

Este é um livro excelente, e recomendo-o a todos os que se interessam por este tipo de assunto.

 

Handbook of Fish Diseases

Dieter Untergasser

Translation by Howard H. Hirchhorn

T.F.H. Publications, Inc., 1989

Este é a minha segunda escolha. É muito bom, mas alguns dos tratamentos são difíceis de obter, e entra em mais detalhes que aqueles que o aquariófilo comum precisa (ou quer) saber

Editado por Jose Ribeiro

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